Crise pesa menos para fabricantes de automóveis de menor porte
Para as dez menores montadoras, com participação de mercado abaixo de 1%, queda nas vendas ficou em 32%
A pandemia foi um pouco menos cruel para empresas de pequeno porte do que para grandes montadoras que produzem para o mercado de massa. Para as dez maiores fabricantes de automóveis, as vendas até agosto caíram 36% ante 2019. Para as dez menores, com participação de mercado abaixo de 1%, a queda ficou em 32%. Nenhuma tem funcionários em lay-off, embora algumas, como a PSA Peugeot Citroën, operem com jornada e salários reduzidos em 20%.
A BMW, do segmento de luxo – que caiu ainda menos, 17% no período -, diz que as vendas estão próximas às de 2019. A produção deve chegar a 8 mil unidades, ante 7,7 mil no ano passado. “Logo no início da pandemia lançamos uma série de projetos digitais, como o canal de vendas dentro do Instagram e do Facebook e teve grande aceitação”, diz Aksel Krieger, presidente da BMW. A marca vai completar 25 lançamentos este ano, entre os quais modelos híbridos e elétricos que já venderam 491 unidades, ante 300 em 2019.
Das três maiores fabricantes, só a Fiat opera com quadro normal de funcionários e não tem plano de abrir PDV. A picape Strada, líder de vendas em setembro, tem fila de espera de até 60 dias. “A capacidade de produção da nova Strada dobrou desde o lançamento, em junho, para 12 mil unidades ao mês, mas os pedidos passam de 15 mil”, diz o diretor Herlander Zola.
FONTE: https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/crise-pesa-menos-para-fabricantes-de-automoveis-de-menor-porte,94babb77d7fcf969b73b12f14f2834c9og5c1ou6.html