Taxa de desemprego cai para 11% em dezembro, diz IBGE
Foi a terceira queda seguida e o menor patamar desde março de 2016. Número de desempregados caiu de 13 milhões para 11,6 milhões.
Em dezembro de 2019, a taxa de desemprego caiu para 11% no Brasil – a menor desde o primeiro trimestre de 2016.
Quantas filas a gente já viu, no país inteiro, nos últimos anos? De acordo com o IBGE, elas estão diminuindo. A taxa de desemprego que chegou a 12,7% no primeiro trimestre de 2019 encerrou o ano em 11%.
Isso significa que o número de desempregados caiu de 13 milhões para 11,6 milhões.
Foi a terceira queda seguida e o menor patamar desde março de 2016.
Ao mesmo tempo, outra fila, a da informalidade, tem aumentado. Cada guarda-sol é um ponto de venda de quentinha. São pessoas que já trabalharam com carteira assinada, mas perderam o emprego. Nessa disputa do dia a dia, onde a comida é o ganha-pão, cada um vai buscando um diferencial.
“A minha comida é feita na hora. Aí a pessoa vê a quantidade de comida e escolhe a carne que quer comer: contrafilé, filé de frango e linguiça mineira. E a porção de batatas fritas”, explica o ambulante Alberto Alves Ribeiro Silva.
E visão de mercado é fundamental. Gabriel de Lima Pinheiro vende aromatizante de carro ao lado de um posto de gasolina, no Centro do Rio. É assim que paga a faculdade e se organiza, porque não sabe quanto tempo vai levar até ter um salário fixo.
“Consigo pagar e ainda sobra um dinheiro.”
Cada um desses trabalhadores entra na conta do IBGE como empregado. Eles ajudam a reduzir o índice oficial de desemprego do país porque exercem alguma atividade, ou seja, têm uma ocupação. Mas ninguém tem carteira assinada. Em todo o país, são 38 milhões de brasileiros na mesma situação: vivendo na informalidade.
“Cada dia que passa é uma pessoa nova, diferente, trabalhando na rua. Vai só aumentando”, diz o ambulante Renan Machado Luís.
Os trabalhadores informais representam 41,1% da população ocupada. Esse é o maior índice desde 2016, quando o IBGE passou a medir a informalidade.
O que esses trabalhadores ganham aqui, vai dando para pagar as despesas, mas a maioria continua esperando um emprego formal.
“Eu preferia ter carteira assinada, mais segurança, 13º, férias, mas não tem, fazer o quê? A gente tem que trabalhar. Aqui pelo menos estou conseguindo tirar um dinheirinho”, afirma o técnico de saúde bucal Márcio Martins.