Brasil ocupa 46º posição de ranking internacional de competitividade com 66 países
Em 2013, o Brasil ocupava a 40ª colocação no estudo da Firjan, ou seja, perdeu seis posições em uma década
O Brasil ocupa a 46ª posição em um ranking internacional de competitividade com 66 países avaliados, apontou um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgado na quarta-feira, 11.
O Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), elaborado pela entidade, avaliou a situação dos países quanto à eficiência do Estado, ambiente de negócios, infraestrutura e capital humano no ano de 2023. Há dez anos, em 2013, o Brasil ocupava a 40ª colocação, ou seja, perdeu seis posições em uma década.
“Um dos graves problemas estruturais do Brasil é que as pessoas acabam não tendo acesso a uma educação de qualidade. Isso vira uma barreira para que consigam melhores postos de trabalho e um gargalo para as empresas que não conseguem mão de obra preparada para os novos tempos, à altura dos enormes desafios que as transformações tecnológicas impõem”, afirmou o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, em nota.
“É urgente que o Brasil comece um movimento efetivo, com políticas públicas para reverter o quadro em que se encontra hoje: um gigante, que poderia andar lado a lado com as grandes potências mundiais, mas que fica atrás na corrida da competitividade porque não consegue aproveitar todo o seu potencial.”
Os resultados têm como base dados divulgados pelo Banco Mundial e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Colocação | País | Indicador Geral |
1º | Singapura | 87,7 |
2º | Suíça | 86,0 |
3º | Dinamarca | 84,2 |
4º | Finlândia | 82,7 |
5º | Suécia | 82,2 |
6º | Coreia do Sul | 79,9 |
7º | Alemanha | 79,4 |
8º | Noruega | 78,8 |
9º | Áustria | 78,6 |
10º | Países Baixos | 77,2 |
12º | Austrália | 76,7 |
11º | Nova Zelândia | 77,1 |
13º | China | 76,3 |
14º | Luxemburgo | 76,1 |
15º | Bélgica | 72,6 |
16º | Canadá | 72,4 |
17º | Reino Unido | 72,2 |
18º | Irlanda | 71,8 |
19º | Estados Unidos | 71,4 |
20º | França | 70,2 |
21º | Eslovênia | 67,6 |
22º | Israel | 65,4 |
23º | Lituânia | 65,2 |
24º | Portugal | 63,4 |
25º | Itália | 61,3 |
26º | Espanha | 60,5 |
27º | Letônia | 59,0 |
28º | Malásia | 58,4 |
30º | Grécia | 55,6 |
29º | Polônia | 58,3 |
31º | Croácia | 55,3 |
32º | Hungria | 55,2 |
33º | Uruguai | 54,9 |
34º | Chile | 53,5 |
35º | Tailândia | 51,6 |
36º | Costa Rica | 50,8 |
37º | Porto Rico | 48,7 |
38º | Bulgária | 47,8 |
39º | Romênia | 47,3 |
40º | Panamá | 46,1 |
41º | Vietnã | 44,8 |
42º | Índia | 44,7 |
43º | Indonésia | 42,7 |
44º | Marrocos | 41,3 |
45º | África do Sul | 40,7 |
46º | Brasil | 39,9 |
47º | Sérvia | 39,8 |
48º | Argentina | 36,6 |
49º | Paraguai | 35,1 |
50º | Gana | 34,5 |
51º | Peru | 34,3 |
52º | México | 33,9 |
53º | Tunísia | 33,5 |
54º | Cazaquistão | 33,4 |
55º | Azerbaijão | 32,5 |
56º | Uzbequistão | 32,4 |
57º | Equador | 32,2 |
58º | Nepal | 30,0 |
59º | Quênia | 29,5 |
60º | Rússia | 29,0 |
61º | Guatemala | 26,8 |
62º | Ucrânia | 26,6 |
63º | Bielorrússia | 24,7 |
64º | Uganda | 24,2 |
65º | Etiópia | 19,6 |
66º | Paquistão | 14,5 |
O país mais competitivo, segundo o levantamento, foi Singapura, seguido por Suíça e Dinamarca. Figuraram ainda à frente do Brasil no ranking de competitividade os vizinhos sul-americanos Uruguai e Chile, assim como os parceiros de Brics China, Índia e África do Sul.
O Brasil ocupou a 52ª colocação em “Eficiência do Estado” e em 51º no “Ambiente de Negócios”. Na avaliação sobre o quesito “Infraestrutura”, o País ocupou a 47ª colocação. “A taxa de investimento em infraestrutura no Brasil é de 18% ao ano, bem inferior à taxa da China, com 43%, e da Índia, com 33%. Além disso, o estudo mostra que no Brasil o tempo médio para obtenção de energia elétrica é de, em média, 128 dias. Já na Índia são 53 dias”, comparou a Firjan.
O Brasil ficou na 33ª posição em “Capital Humano”, em decorrência do “baixo investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento”. “Enquanto Israel, Coreia do Sul, Suíça, Suécia e Áustria gastam, em média, US$ 22 mil por aluno ao ano, o Brasil gasta apenas US$ 3,7 mil. Em pesquisa e desenvolvimento, a Coreia do Sul investe 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano e o Brasil somente 1,2%”, exemplificou a entidade.
Matéria – O Estado de São Paulo – 12.12.2024
fonte: https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20241212/page/36/textview