IBC-Br: prévia do PIB do Banco Central sobe 0,40% em agosto, abaixo do esperado

IBC-Br: prévia do PIB do Banco Central sobe 0,40% em agosto, abaixo do esperado

Por Marianna Gualter 

BRASÍLIA – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como a prévia do PIB, subiu 0,40% em agosto, na comparação com julho e na série com ajuste sazonal, informou a autarquia nesta quinta-feira, 16. No mês anterior, o índice havia cedido 0,52% (revisado, de -0,53%).

O resultado de agosto ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para uma alta de 0,70%. As estimativas do mercado iam de queda de 0,30% a alta de 1,10%.

O IBC-Br ex-agropecuária, que exclui os efeitos do setor da conta, subiu 0,39% na margem, após uma queda de 0,45% no mês anterior (revisado, de -0,43%). O indicador próprio da agropecuária recuou 1,85%, após uma baixa de 0,62% em julho (revisado, de -0,81%). É a quinta queda consecutiva do índice na margem.

Para você

O índice de serviços caiu 0,21%, depois de ter cedido 0,29% no mês anterior (revisado, -0,19%); o da indústria avançou 0,84%, após baixa de 0,99% em julho (revisado, de -1,07%); e o de impostos — equivalente, em linhas gerais, à rubrica de impostos líquidos sobre produtos do Produto Interno Bruto (PIB) — subiu 0,72%, após uma queda de 0,81 (revisado, de -0,69%).

Na comparação com agosto de 2024, o IBC-Br total cresceu 0,12% na série sem ajuste sazonal – abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,65%. As estimativas do mercado iam de queda de 0,40% a alta de 2,40%.

O índice ex-agropecuária caiu 0,09% na comparação interanual, após alta de 0,98% no mês anterior (revisado, de 1,01%). O da agropecuária teve alta de 3,87%, depois de ter crescido 4,67% em julho (revisado, de 3,48%).

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O indicador de serviços cresceu 0,62%, após alta de 1,49% (revisado, de 1,57%), e o da indústria caiu 0,76%, depois de ter subido 0,43% (revisado, de 0,41%). O índice de impostos caiu 1,87%, após baixa de 0,25% (revisado, de -0,36%).

Alta de 3,24% em 12 meses

O IBC-Br acumula alta de 3,24% nos 12 meses encerrados em agosto, na série sem ajuste sazonal. É uma desaceleração frente ao mesmo período até julho, quando a alta era de 3,54%.

O índice ex-agropecuária, que exclui os efeitos do setor, cresce 2,58% — também desacelerando frente ao mesmo intervalo de tempo até julho, quando avançava 2,91%. O indicador da agropecuária acumula alta de 13,26% nos 12 meses até agosto contra 13,08% no mesmo período até o mês anterior.

Também em 12 meses, a taxa acumulada pelo IBC-Br da indústria passou de 2,53% para 2,12%. O índice de serviços passou de 2,97% para 2,73%. A alta do indicador de impostos — equivalente, em linhas gerais, à rubrica de impostos líquidos sobre produtos do PIB — passou de 3,38% para 2,80%.

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o IBC-Br total cresce 2,57% na comparação com o mesmo período de 2024. O índice ex-agropecuária avança 1,78%, enquanto o indicador próprio do agro tem alta de 14,14%. A indústria sobe 1,69%; os serviços, 1,95%; e os impostos, 1,22%.

Trimestre

No trimestre móvel encerrado em agosto, na série com ajuste sazonal e frente aos três meses anteriores, o IBC-Br total caiu 1,02%. O índice ex-agropecuária teve recuou 0,42%, e o específico do agro, recuou 5,95%. A indústria caiu 1,23%; os serviços ficaram estáveis (0,00%); enquanto os impostos cederam 0,93%.

Considerando o mesmo período, mas frente ao trimestre móvel de junho a agosto de 2024 e na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br total cresceu 0,88%. O índice ex-agropecuária teve alta de 0,65%, e o específico do agro, de 4,81%. A indústria avançou 0,05%; os serviços, 1,28%; e os impostos caíram 1,01%.

Fonte: O Estado de São Paulo